Novas imagens da violência policial viralizaram nas redes sociais nesta segunda-feira (17). A denúncia do espancamento de uma mulher no interior de Pernambuco foi feito em vídeo enviado a jornalistas da região. Nas imagens, dois policiais militares espancam violentamente Nadiane Kênia da Silva Ramos, de 25 anos no meio da rua no município de Primavera, na zona da mata sul de Pernambuco.
O espancamento ocorreu em frente ao Fórum da cidade, do lado de fora do Clube Municipal de Primavera, onde acontecia um show. Em entrevista ao G1, Nadiane diz que havia bebido e caminha na rua com o irmão quando se sentiu perseguida pela PM.
Nadiane disse que se apresentou como ex-companheira do sargento reformado da Polícia Militar João José Soares, conhecido como João da Kombi, de 61 anos, que foi assassinado a tiros na cidade, em fevereiro de 2022. Ela contou ao g1 que também foi baleada na ocasião, mas sobreviveu. “Comecei a chorar e pensei que tinha bandido na rua querendo matar a mim e meu irmão. Quando cheguei perto dos policiais, disse que era a esposa de ‘João da Kombi’. Aí ele [o policial] disse: ‘Não, você era a rapariga!’. Depois, ele [o policial] desceu do carro e começou a me agredir”, contou.
Ela foi socorrida por moradores da cidade e só teria conseguido registrar a queixa conta os PMs na cidade de Gravatá, a 55 quilômetros de Primavera. Ela passou por exame de corpo de delito no fim da tarde de domingo (16) em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). A Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS) disse que vai analisar as imagens e investigar a conduta dos policiais.
O incidente levanta questões importantes sobre as possíveis consequências financeiras para os policiais envolvidos. Se os policiais forem considerados culpados, eles poderão enfrentar multas, perda de emprego e processos judiciais. Dependendo da gravidade do espancamento, eles também poderão ser condenados a pagar indenizações à vítima. Essas consequências podem ter um impacto significativo em suas finanças pessoais, bem como em sua reputação na comunidade.
Além disso, o custo de tratamento médico para a vítima pode ser significativo, incluindo exames de corpo de delito e outras despesas médicas relacionadas ao incidente. As despesas médicas podem ser ainda mais altas se a vítima precisar de tratamento a longo prazo para lidar com lesões ou traumas decorrentes do espancamento.
O incidente também destaca o impacto financeiro mais amplo da violência policial. A má conduta policial pode resultar em ações judiciais e compensações a vítimas.
#COVARDIA: Uma mulher de 25 anos foi agredida por dois policiais militares em Primavera, na Zona da Mata Sul de PE. Imagens enviadas ao Blog mostram os agentes dando socos e tapas no rosto da vítima no meio da rua, em frente ao fórum da cidade. pic.twitter.com/rr6eQno1UU
— Ricardo Antunes (@blogricaantunes) April 17, 2023